sábado, 20 de abril de 2013

Eu te amei...você me destruiu

Postado por Unknown

"Eu decidi que não vou pedir para que você leia isso, nem para que se importe com o que vou dizer. Cansei de sempre ditar as regras e você descumpri-las, então, faça o que você tiver vontade de fazer. Quer me ligar? Você sabe meu número. Quer vir me ver? Minha porta sempre estará aberta, você sabe disso. Mesmo que a minha vontade seja de fechá-la e trancá-la a sete chaves, só para te impedir de entrar e sair quando bem tiveres vontade, sei que lá no fundo eu sou incapaz de te pôr pra fora da minha vida. Mas também decidi que não vou te forçar a me ter na sua, porque sei que te prender é o primeiro passo para te perder. Então, amor, te deixo livre pra partir… Só antes queria que você soubesse - veja só, não estou pedindo nada, nem mandando - da enorme falta que você me faz. É isso mesmo que você leu, acabo de admitir o impossível: sinto tua falta. Antes eu ainda me prestava a negar isso, mas se tornou tão óbvio que já não serve de nada. Parte de mim ainda tinha a esperança de que fosse apenas orgulho ferido, mas… Chegou a hora de falar a verdade para mim mesma. Eu me apaixonei por você, da forma mais estúpida e autodestrutiva que poderia tê-lo feito. Acho que você deve me entender, afinal, estava tão assustado quanto eu por perceber no que todas as nossas brigas estavam se transformando, por reparar nas palavras doces que começavam a surgir, na vontade que insistia em estar ali a todo segundo. Então, você teve que tomar providências rápidas, não é, meu amor? Você fugiu. Duas palavras tão simples nunca vão explicar o súbito vazio dentro de mim por ver-te indo embora. Foi tão inesperado, tão rápido. Uma hora estavas aqui, e no minuto seguinte tinhas ido. Me explica isso, por favor. Porque agora só sobrou eu e uma xícara de Nescau vazia, só sobrou eu ao lado do telefone, esperando por uma ligação que nunca vai vir. Aguardando por uma explicação que, talvez, eu nem mereça. Fui eu que entendi tudo errado, amor? Eu que precipitei e vi sinais onde a estrada era escura? Eu não entendo, me perdoa. Você se foi, aceito isso, mas não compreendo. Tava tudo tão certo, tão perfeito. Você não consegue suportar a ideia de que, pela primeira vez na vida, você estava fazendo algo direito, não é? Que merda, você não presta. E eu, ainda assim, sinto a tua falta. E estou escrevendo uma carta sem remetentes para que você se toque de que é para você e volte pra mim. Porque meu travesseiro ainda tem teu cheiro, e meus blusões não são quentes o suficiente. Porque eu não consigo dormir durante a noite, me alimentar direito e nem escrever. Lembra daquela tua única frase que me marcou para sempre? Às vezes o amor machuca, outras ele destrói. Tão sério, com teus olhos inflados de desejo, me sussurras isso baixinho. Então, meu anjo… Eu te amei. Você me destruiu.”


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